terça-feira, 13 de março de 2012

Os Cristãos estão certos em suas perspectivas?

Todas as religiões cristãs provêm de uma única raiz, que é a palavra de Jesus. Entretanto, ao longo do tempo, tudo foi sendo modificado através de ruídos e interferências de interesses particulares de dominadores que estão nas mais altas hierarquias das religiões cristãs.

Logo no início, a Bíblia foi modificada em inúmeros pontos básicos, em que vários livros foram retirados dela (denominados de Apócrifos, como o livro de Enoch e vários evangelhos, nos quais, desses ficaram apenas quatro), textos foram inseridos e outros modificados nos Concílios do Vaticano, em que o imperador determinava o que deveria ser feito junto à hierarquia da igreja, para que Roma dominasse sobre tudo.

Nessas mudanças, textos antigos relatam que foi num Concílio (acredito que o de Nicéia) que se colocou a determinação de que Jesus, Deus e o Espírito Santo eram um só. Ou seja, nunca foi dito por Jesus essa afirmação, mas um imperador e um papa quem decidiu isso, assim como inúmeras outras informações que foram modificadas. Exemplo disso, é a união das religiões antigas (ditas pagãs, que prefiro chamar de pré-cristãs) ao cristianismo, em seus dogmas e rituais, como o dito nascimento de Jesus, que não ocorreu no Natal (25 de dezembro), mas colocaram nessa data para que se louvasse o dia de Litha (solstício de verão na Europa) como sendo o nascimento de Jesus, que é uma data das antigas religiões pré-cristãs.

Mas, além de todas essas modificações, outras ao longo dos séculos foram sendo inseridas, mudando mais ainda os textos originais. Em cada tradução realizada, novas modificações eram inseridas ao ver do tradutor, como o próprio Lutero, que ao ver que algumas frases não tinham como ser traduzidas para o alemão diretamente, por perder o sentido, colocava a tradução como ele mesmo sentia ser (será que ele sentia ser o que deveria mesmo ser?).

Com tantas e tantas modificações, vieram mais ainda problemas frente ao entendimento de cada texto e cada frase da Bíblia já muito modificada, e pior ainda, os direcionamentos dados aos interesses particulares, como o caso de Giordanno Bruno que foi queimado vivo na fogueira da inquisição por querer que a igreja católica acabasse com certos quês (Jesus sempre pregou o amor e o perdão, e não a força, a guerra, o preconceito e o sangue).

Do outro lado, as religiões que se proliferaram com o protestantismo terminaram por seguir preceitos similares aos da igreja católica. Em ambos os casos, muito se perdeu da verdadeira palavra de Jesus, que pregava o amor incondicional, a fé em Deus, a humildade, a caridade, e tantas outras virtudes, tudo em detrimento da matéria, das riquezas e do poder particular de uns poucos (e do Estado).

Atualmente, cada uma que diz seguir a palavra de Jesus encontra uma interpretação diferente, direcionada por interesses particulares, mantidas sob o alto preconceito de uma para a outra, nenhuma respeitando em nada ao que pertence a outra religião, todas dizendo que são as únicas que professam a verdade, e assim por diante. Ou seja, todas inimigas umas das outras, jogando as pessoas como ovelhas aos lobos, tornando-as cegas frente à verdade absoluta (Deus) em detrimento de poderes materiais, e tantas e tantas outras coisas a mais.

Sendo assim, pergunta-se: qual das religiões cristãs seguem verdadeiramente ao Cristo, Jesus? Qual delas não tem preconceito com as demais e com o próximo? Qual delas não renega um irmão se não for da mesma igreja? Qual delas ajuda a quem se mostra necessitado? Entre tantas outras perguntas que se podem fazer. Ora, se Jesus pregava o AMOR INCONDICIONAL, como se pode condicionar o amor a um irmão ao pertencimento de uma religião qualquer? A partir daí, renega-se as palavras de Jesus, e consequentemente a Deus.
Dessa forma, pergunta-se: Estão corretas?

Por fim, expandindo às pessoas em geral (independentemente de qualquer religião), quem realmente segue os preceitos do amor e das virtudes para se dizer salvo, para se dizer evoluído, para se dizer espiritualizado, ou qualquer outra coisa? Primeiramente, cabe a cada um se olhar no espelho e ver seus próprios costumes... Gosta de falar dos outros (por preconceito religioso, sexual, cor, raça, etc)? Gosta de falar do que os outros fazem se colocando como o intocável (julgar)? Gosta de se mostrar o melhor em tudo, criticando aos outros seja em que nível for (intelectual, financeiro, sexo, etc.)? Gosta de se mostrar mais belo e chamar a atenção onde quer que se encontre, tentando "apagar" a imagem dos outros (vaidade)? E assim por diante. Não há quem não tenha um defeito mínimo que seja na vida. Por isso, estamos todos no mesmo barco, encarnados nesse mundo de expiação. Quem fala do próximo, é por que é igual, pois se não fosse, não falaria.

Jesus, Buda e tantos outros pregaram a negação do Ego. Assim, não adianta estar querendo ser melhor que ninguém, especialmente professando palavras de Jesus, se isso contradiz o que ele pregava que era renegar o ego, doar-se ao próximo, amar incondicionalmente, e ter fé em Deus, pois o reino real é da imortalidade do espírito, o qual só é conseguido através do esforço na busca pelas virtudes e na fé. E para Jesus (e os demais evoluídos) mostrar que o mundo espiritual existe e que necessitamos seguir esse caminho, deu sua vida como exemplo de que só há libertação do espírito à Luz de Deus, quando se renega a matéria. Quem é apegado à matéria, nela permanece.

Assim, alguém está certo em estar seguindo cegamente as palavras da Bíblia (ou de qualquer outro texto) sem buscar compreendê-las corretamente? Sem buscar AMAR? confundindo amor com sexo e matéria? Sem acreditar no espírito? Só buscando a Deus nas horas difíceis?

Está na hora de repensar aonde se deseja chegar... Jesus não pregou o que tanto falam por aí...


Um abraço a todos e que Deus os abençoe!

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