sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Orixás? Melhor entender para não falar o que não deve.

As culturas antigas, que eram menos assoladas pelos princípios materiais da ciência e, consequentemente, mais ligadas ao mundo espiritual tinham maior capacidade de se comunicar com os espíritos, e assim, desenvolveram formas de reverenciar e louvar a Deus de uma forma indireta, utilizando para isso os elementos da própria criação. Assim, de acordo com a cultura, linguagem e o que havia de acesso local, passaram a cultuar os deuses da natureza, como uma forma de agradecimento e culto ao Criador. Entre elas, cultuavam-se os anjos (Cabala), os deuses da natureza (nórdicos, romanos, gregos, sumérios, egípcios, etc.), os espíritos ancestrais (indígenas, japoneses, etc.), entre outros. Na África, desenvolveu-se o culto aos Orixás, que seguem os mesmos princípios das tradições antigas citadas, cuja prática, de forma similar à todas, geram egrégoras para a comunicação com os espíritos elevados (ou espíritos de luz) que em sua hierarquia comandam as forças da natureza (via espíritos elementais e espíritos mais próximos dos seres humanos, ou espíritos encarnados). Nessas práticas a sabedoria dos espíritos foram passadas aos seres humanos ao longo do tempo, reforçando essas egrégoras, que geram vibratórias energéticas elevando o espírito encarnado, quando buscando a comunicação com a Luz Suprema no intuito de fazer o bem, e afundando o espírito quando da realização de rituais para satisfações egoístas, materiais e para fazer mal aos outros.

O princípio de toda comunicação com Deus se dá através da fé e do amor, mas para a maioria das pessoas que não têm a fé absoluta, torna-se necessário elementos específicos e práticas rituais, além de virtudes, que atraem os espíritos mensageiros Divinos, para a realização da grande obra de Deus, que é a evolução espiritual.
Nessas práticas, esse padrão de fé, amor e afastamento de pensamentos inescrupulosos e maldosos, dedicação, entre outros, fazem parte de um contexto de geração da energia vibratória no espírito encarnado similar aos espíritos evocados, para que haja uma comunicação, em que eles ajudam a produzir o aparente acaso da vida, ou milagres, por entenderem que é um espírito que deseja evoluir.

Entre as várias práticas da magia, a comunicação com os Orixás (denominação dos espíritos ancestrais na língua africana, os quais seriam os espíritos de luz primordiais) é realizada usando elementos da natureza, como recipientes de argila ou barro (denominados de aribé), onde são colocadas frutas, farofas, peixes, tecidos coloridos, velas coloridas, etc., o que não é diferente das demais culturas como as nórdicas, as orientais, as xamânicas, cabalísticas, japonesas, etc. Tudo isso faz parte de uma geração de conexão da pessoa com a vibratória específica do elemento (ar, terra, fogo ou água), relacionado à hierarquia espiritual a que pertence o Orixás (como os anjos na Cabala), para a elevação e evolução espiritual e realização da magia para o equilíbrio universal. Assim, esses procedimentos geram essa conexão com o mundo espiritual, realizando os desejos humanos que condizem com a realização da Luz, ou de Deus. E assim, a magia leva aos milagres da fé, inexplicados pela ciência.

Muitas pessoas buscam conhecer os Orixás através de suas lendas, que não diferem das lendas dos deuses gregos, romanos, nórdicos, etc. E, por isso, por não compreender as relações espirituais e elementais, muitas vezes criam preconceitos e se afastam, sem entender que todas as relações existem da mesma forma que todas as demais religiões, que estão ligadas aos princípios de cultivar virtudes, elevar-se à Deus, e todas as lendas são apenas alegorias que humanizam os elementos, os humores e seus poderes, apenas para relacionar as vibratórias desses espíritos de Luz aos gênios, ou espíritos da natureza, que governam os elementos (ar, terra, fogo e água) em suas especificidades, como a vida, a morte, plantas, minerais, chuva, ventos, assim como os próprios espíritos humanos como anjos guardiões e suas características peculiares: sisudo, inteligente, guerreiro, trabalhador, brincalhão, sensual, amoroso, etc., que é similar às antigas tradições das demais culturas.

Na época da escravatura, os negros não podiam (como os índios) seguir seus próprios princípios religiosos, e por causa disso, encontraram a relação entre os Santos católicos e os Orixás, através das vibratórias de suas energias espirituais. Ou seja, perceberam que alguns Santos pertenciam a uma mesma vibratória espiritual, apresentando uma mesma relação com as hierarquias dos espíritos primordiais mais elevados, pertencendo a uma mesma ordem de um princípio de regência da natureza. Assim, passaram a cultuar os Orixás por meio dos Santos com mesmas vibratórias elementais, o que gerou o sincretismo, que até hoje une as religiões afro-brasileiras com as religiões cristãs. Com o passar do tempo, outros espíritos, denominados de espíritos de caridade, passaram a ajudar nos cultos, com o intuito de evoluir ajudando a evoluir, que são os conhecidos pretos velhos, caboclos, entre outros.

É nessa vibratória Elemental que se encontra a chave para entender as relações entre a magia, ou a sabedoria espiritual e da natureza e as lendas dos Orixás, que geram a comunicação com o Princípio Criador, Deus, e a compreensão dos rituais, oferendas, e outras especificidades deste culto tão antigo.

As lendas dos Orixás, então, são facilmente compreendidas, quando relacionamos os princípios elementais, seus poderes, seus humores, além dos chakras e outros princípios universais, vendo apenas que tudo apresenta similaridade, e lidar com os espíritos buscando evolução, relaciona-se de forma igual em todos os cultos, pelo princípio da fé, do amor, da caridade, da consciência moral e, enfim, das virtudes.

Que Deus os abençoe!

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